quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Arteiando a historia


A arte é uma maneira de inculcar na vida de um povo uma cultura, um estilo de viver, um jeito de fazer. É educação popular através de cantigas, teatros, danças, pinturas, enfeites, poemas, etc. Não são e nem podem ser um passatempo APENAS, mas acima de tudo, uma forma de comunicação através da alma, da expressão corporal, da tinta no rosto, do olhar, dos sons da natureza, dos acordes de uma melodia, da palavra proclamada.

Somos, desde criança, educados por cantigas, por danças de rodas, por pinturas em papeis e/ou paredes. A dureza da vida nos faz insensíveis ao belo, ao lúdico, ao sentimental. Nos impõem à racionalidade pura que contesta e questiona de forma arida. A arte também pode ter racionalidade, mas pela sua sutileza, consegue agradar (e encantar) a quem a recebe e faz refletir, inclusive, na mais íntima solidão.

Na historia do povo de Deus não é diferente. Percebe-se uma forte presença da arte durante todo o processo de organização, resistência e educação das diversas tribos e povos. No livro de Macabeus, encontramos a constante luta pela preservação da cultura judaica perante as ameaças durante o exílio da Babilônia. O livro dos Salmos, constantemente utilizado para orações (inclusive por Jesus em inúmeras passagens), é todo composto de forma poética e musical. Nos livros de Rute, Tobias, Judite e Ester encontram o estilo literário das novelas, enquanto que nos livros Sapienciais, a fantasia exerce uma preciosa tarefa de levar a uma reflexão sobre a existência, sobre os valores e sobre a vida. Isso sem mencionar as inúmeras canções e orações presentes em todos os livros.

Assim, percebemos que a arte como forma de difundir valores, não é recente, mas esta intrinsecamente ligada à formação e organização do homem. Desse modo percebemos a importância de se estudar, trabalhar e aperfeiçoar nossas aptidões artísticas para encontrarmos novas possibilidades de levar a frente nossos valores, enraizados no projeto de Jesus.

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